terça-feira, 26 de setembro de 2023

A difícil tarefa do brasileiro enxugador de gelo

 

Um em cada três presos brasileiros responde por tráfico de drogas (foto BBC)

Não é fácil. Enxugar gelo é uma das tarefas mais inglórias, reservadas à humanidade. Parece que você está fazendo a coisa correta, mas peca pela inutilidade da ação. O Brasil tem hoje 832.295 presos, segundo o Infopen. Vinte e cinco por cento da população carcerária estão atrás das grades por tráfico de drogas. Um em cada três presos responde por tráfico. Se a gente tiver a paciência de selecionar as principais notícias da mídia, envolvendo confrontos armados, vamos chegar à conclusão que é sempre a mesma história: o tráfico por trás da violência. 

Durante quantos anos mais vamos ligar a TV, pegar o jornal, ligar o rádio e ouvir sempre a mesma ladainha, a mesma insuportável ladainha: "Traficantes armados trocaram tiros com a polícia nesta manhã..."; "Traficantes disputam ponto de droga", "Traficantes e milicianos disputam posse de comunidade carioca"? 

O governo destina 1 bilhão e meio de reais anualmente para NÃO acabar com o tráfico de drogas. É um dinheiro jogado na lata de lixo. As polícias federais, estaduais, rodoviárias, civis empregam milhares de horas de serviço no combate às drogas. Apreendem uma tonelada de maconha naquele caminhão. Encontram duas toneladas de cocaína debaixo de um navio. Vão correndo atrás do prejuízo. Eles ganham uma ou outra batalha e perdem a guerra. Perdem a guerra, porque as pessoas querem se drogar. Querem usar cocaína, maconha, ecstasy, crack, sei lá mais o quê. Elas querem a droga. Precisam da droga. Então, não adianta enxugar o gelo. As pessoas vão continuar se drogando. São cinco milhões de brasileiros, entre 210 milhões, que consomem drogas. Ou seja, 2,3 por cento da população precisam de drogas para aguentar o tranco. 

Existe o traficante, porque existe o consumidor de droga. Onde há oferta... 

Até quando esse jogo de esconde-esconde continuará? A solução seria continuar reprimindo o tráfico (ação que qualquer marciano idiota acharia que se trata de uma estupidez), ou buscar outra possibilidade? 

É simples: os meios policiais repressivos não conseguem impedir o tráfico de drogas. Eles podem inibir, minimizar, mas a droga vai continuar chegando ao usuário.

Seria o momento de compreender que tudo que se fez até agora não deu certo. Não funcionou. Não atingiu os objetivos. A droga continua sendo negociada e ponto final. 

Como sou uma pessoa simplista e ingênua, acredito que o governo deveria abrir farmácias de venda de drogas, com preços acessíveis, do tipo "genérico". Empregos seriam criados. Impostos, arrecadados e os usuários deixariam de fortalecer o crime organizado, as facções, os milicianos, aquela desgraça toda que a gente se "acostumou" a tomar conhecimento.

Mês passado estive no bairro Alto, em Lisboa, visitando uma loja de venda de produtos de maconha. Tem cerveja, chá, bolacha, vaporizadores, cookies, chocolate... Os consumidores entram. Escolhem o produto que desejam. Vão até o caixa. Pagam e saem com sua compra, sem precisar subir em favela, levar tiro de PM, driblar traficante armado de fuzil. A loja é limpa. Confortável e atraente. Bem verdinha.

Mas no Brasil isso não deve ocorrer. Aqui, vamos continuar "proibindo" as drogas, dando tiro a esmo, matando crianças e enriquecendo os criminosos. 

Outra forma de enxugar gelo, que o brasileiro faz questão de manter, é permitir que as motocicletas trafeguem pelo corredor. Hoje, até o final do dia, vão morrer quatro motociclistas. As motos foram as principais responsáveis por acidentes de trânsito no Brasil, em 2022. Setenta por cento dos acidentados de moto ficam com algum problema na perna, ou na pior opção tornam-se deficientes. Mesmo assim até hoje as autoridades de trânsito do Brasil recusam-se a encarar o problema de frente. Mantém o sinal verde para os motoqueiros criarem sua própria lei de trânsito. E a lei de trânsito do motoqueiro vale tudo: sinal verde, vermelho e amarelo é tudo igual, significa que ele pode seguir sempre em frente; mão e contramão não existem, todas as ruas são mãos; calçada também serve de pista de rolamento; pode ultrapassar pela direita, pela esquerda, pelo meio. É uma farra. É uma casa da mãe joana que faz vítimas diárias. Nos Estados Unidos, com exceção da Califórnia, é proibido trafegar no corredor dos veículos. Também é proibido trafegar pelo corredor na Alemanha, França e Itália. 

Aqui, a gente vai continuar enxugando gelo. Somos bons pra caramba nisso.

      

domingo, 17 de setembro de 2023

Telejornal brasileiro tem vocação de carpideira midiática

 


Nas praias de Portugal, a gente recebe aulas de moral e cívica. Não são aquelas aulas que tínhamos antigamente, ministradas por um professor de terno e gravata pretos, saído dos confins da ditadura. A aula de moral e cívica é lecionada por aquela moça que tira a parte de cima do biquíni e faz topless na areia, sem ser incomodada, sem que moleques lhe façam mira com areia molhada. Outros professores são aquelas pessoas, ao redor, que observam o rapaz deixar o celular e a carteira com documentos sobre a camisa, enquanto entra no mar para se refrescar do calor. Na volta, o celular e os documentos estarão no mesmo lugar. Intocáveis. No fim da tarde, os frequentadores da praia nos passam outra lição de moral e cívica: nem um único objeto estranho é largado na areia. Eles vão embora e não se veem copos, garrafas, restos de comida, embalagens, bitucas. Nada. A praia está limpa, como se uma equipe de limpeza tivesse passado por lá e trabalhado criteriosamente.

De volta ao Labirinto do Fauno, made in brazil, o céu é azul. Os termômetros ficam na casa dos 30 graus. É um clima quente, convidativo, típico de país tropical. A natureza é exuberante. Está tudo certo ao redor, mas nada funciona como deveria. 

O telejornal matutino brasileiro se parece com aquelas carpideiras, do passado, que ganhavam a vida chorando defuntos estranhos. O telejornal chora e faz chorar. A mulher precisa ser operada, mas a operação de emergência foi cancelada. A mãe teria que pegar o remédio da criança doente, só que o posto de saúde não tem o medicamento. Ladrões roubaram os fios e, por isso, os trens e o metrô ficaram paralisados, suspendendo a vida de milhares de trabalhadores. O jovem casal está passeando na rua, voltando da escola, quando surge um criminoso de motocicleta e rouba os pertences de ambos. Antes de ir embora, dá um tiro certeiro na cabeça do rapaz, matando-o instantaneamente. O carro não para no bloqueio policial e o agente desfere um tiro de fuzil que vai matar a criança, sentada na cadeirinha do banco de trás. 

São Paulo é um caso particular de cidade disfuncional. Nada parece dar certo. O telejornal, apresentado por um quarentão de óculos e terno sóbrio, chora e faz chorar. Repórteres aparecem na tela para confirmar que nada está nos conformes. Eles relatam histórias tristes: carros que vivem parados em congestionamentos crônicos; metrô, trens e ônibus que vão oferecer uma surpresa ao passageiro e ela será sempre desagradável. A equipe do telejornal está agora em um hospital público municipal. O repórter ouve a senhora que rodou 34 quilômetros de uma ponta a outra da cidade em busca de atendimento. São queixas múltiplas, diversas: de omissão, de descaso, de falência estrutural. A gente sabe qual será o resumo: o atendimento que a cidade oferece a seus munícipes é lastimável, precário, acintoso. O telejornal continua seu choro diário: agora, são os furtos de celular. Ao que tudo indica, para ser morador de São Paulo o principal requisito é ter o celular roubado. A cena mostra um esmolambado se esgueirando na rua até se aproximar de um carro, "estacionado" no congestionamento. Ele explode o vidro, usando o cotovelo, embrulhado em um casaco, pega o celular do motorista e sai em disparada. 

A cereja do bolo é a Cracolândia. A Cracolândia lembra aqueles filmes de mortos-vivos. Os tipos se arrastam nas ruas, carregando restos de roupa, pedaços de cobertores, zanzando a deus dará em busca da droga. São milhares de dependentes. Homens e mulheres com aparência de quem está no limite de suas forças. Em agonia. No extertor. Por onde passam, deixam um rastro de destruição. É lixo que não acaba mais. O poder público, que talvez devesse mudar de nome em São Paulo e ser chamado de "falta de poder público", manda a Guarda Metropolitana empurrar os mortos-vivos para lá e para cá. Os lixeiros recolhem a sujeira e lavam as ruas. Naquele dia mesmo à tarde, vai estar tudo sujo e emporcalhado novamente. A polícia, em seu trabalho de enxugar gelo, prende um traficante, recolhe x pacotes de crack, de maconha, de ecstasy, de sabe-se lá o que mais. Mas a droga continua chegando na Cracolândia. Um ex-prefeito tinha dado hora e dia para pôr fim à Cracolândia. Foi o mesmo que, quando eleito governador, prometeu tornar o rio Pinheiros tão limpo que a gente poderia até nadar em suas águas translúcidas. A Cracolândia continua no lugar de sempre e o Pinheiros, um rio de imundície fedorenta. 

É duro você viver toda a sua vida em meio a tanta desordem, desorganização, sujeira, vendo sua cidade ser vandalizada pela contínua e destruidora especulação imobiliária, que promove a gentrificação urbana, mexendo no Plano Diretor da cidade, como se fosse a casa da mãe Joana. Aumenta o tamanho do prédio. Destrói a vila. Enfia prédio de 40, 50, 100 andares naquela rua de 10 metros de largura até atolar o rabo da pobre Piratininga. 

Amanhã, pontualmente, pode ligar a TV. O apresentador de terno sóbrio e óculos, que impõem respeitabilidade, vai fazer o de sempre: chorar e fazer chorar, como a carpideira midiática da era da inteligência artificial.  

        

   

terça-feira, 12 de setembro de 2023

As tascas portuguesas e sua excelência

 

Restaurante João, em Sesimbra, é acolhedor e a comida deliciosa

Os portugueses chamam de "tasca" aquele restaurante modesto, geralmente administrado por uma família, que serve pratos típicos. A tasca é uma experiência inesquecível. Do lado de fora, você olha aquilo que parece um boteco, mas é restaurante, e decide entrar para ver o que acontece ali dentro. Na maior parte deles, não tem computador, nem tablet, nem maquininha de débito e crédito. O dono do restaurante vem até a sua mesa e oferece o cardápio. Na cozinha minúscula, sem qualquer aparato Masterchef, é a mulher que está dando duro. Às vezes, ocorre o inverso. A mulher atende os clientes e o marido capricha no menu.

A tasca do João, na cidade praiana de Sesimbra, tem meia dúzia de mesas. A decoração é primitiva e aquilo que o Sebrae ensina de "causar uma sensação" no visitante não se encontra por lá. Então, vem a comida: uma bacalhoada inacreditável por meros 12 euros. Cerca de 60 reais. O bacalhau vem imerso em azeite de qualidade e o acompanhamento de batatas, exemplar. Tem peixe espada. O salmão é um deslumbre. Sem falar das gambas, que é um tipo de camarão, que a cozinha portuguesa faz com curry e ilumina um rosto triste.

Em Sintra, Coimbra, Óbidos, Lisboa... Não importa a cidade. Se você vir uma tasca, entre e viva a experiência. Vai ser um show dos Beatles ao vivo dentro do seu palato. 

Na hora de pagar a conta do Restaurante do João, você estende seu cartão de débito (ou de crédito) e ele meneia a cabeça. Muitas tascas e até alguns restaurantes recusam-se a aceitar cartões bancários. A solução é simples: "O sr. saia daqui e desça ali na frente que tem um Multibancos". Multibancos é como eles chamam os caixas 24h. Têm por todas as cidades. Ninguém explode. Ninguém faz "saidinha". É uma tranquilidade assustadora. 

Batedores de carteira, que assombram a Itália e França, podem até existir em grande número em Portugal, mas nas semanas que estive por lá, circulando pelo país, não vi uma única cena de violência ou constrangimento físico. Pode até não ser, mas a caminhada, o passeio das pessoas, aparenta muita serenidade, como se vê no exemplo daquelas meninas levando o celular preso por um cordão fino, balançando nas costas.

O bom mesmo em uma viagem é você cometer aquela gafe primordial. Entramos em uma loja de vinhos, no Azeitão, para comprar um moscatel e um vinho do Porto (3 a 6 euros a garrafa), e vimos aqueles copos com um dedal de vinho, postados sobre um barril. Imaginei que fosse para degustação. Fui como uma flecha na direção do vinho e emborquei o primeiro. Nisso, a senhora que estava no caixa veio correndo na minha direção: "Please, don't do this", ela falou em inglês, imaginando que eu fosse sabe-se deus lá o quê. Não era vinho para degustação. Aliás, até era. Mas já tinha sido degustado. Eram restos, deixados pelo cliente anterior. Um vexame.

No Azeitão, visitei a estátua do professor Carlos Alberto Ferreira Júnior, que aparece em bronze, na calçada, caminhando. Ou "a caminhar", como diria o português. O professor foi afastado do ensino pela ditadura salazarista e só retomou seu posto, depois da Revolução dos Cravos, em 25 de abril de 1974. 

Do outro lado da rua, tem uma patisserie francesa - "Aux Fins Gourmets". O chef chama-se Christopher. E faz todos aqueles doces típicos franceses: éclair de chocolate, de baunilha e até uma delícia sofisticada de pistache; macarons coloridos; tarte tatin; profiteroles. Você está na freguesia do Azeitão, rodeado de vindimas e de um depósito gigantesco de tonéis de vinho Periquita, do secular fabricante José Maria da Fonseca, e assim, sem mais nem menos, entra em uma boulangerie francesa, com o perfume característico daquela boulangerie inesquecível que ficava no 17, em Paris. São essas surpresas de bom tom que Portugal nos traz.        

segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Brazucas de 20 a 30 anos escolheram Portugal para viver

 

Livraria Bertrand, "a mais antiga do mundo"

Onde você vai, não importa o lugar, pode ser um restaurante, um bar, o supermercado, o barbeiro, o cabeleireiro, a sorveteria, a loja que vende lembranças, fatalmente, você encontrará um brasileiro. Eles são jovens. Têm entre 20 e 30 anos e escolheram Portugal para viver. São eles que irão lhe atender e a pergunta que segue é sempre a mesma: "De que cidade você vem?". Não é preciso dizer que você é brasileiro, porque, pelo sotaque, eles já sabem.

Se você sair da Livraria Bertrand, na valorizada rua Garret, bairro Baixo Chiado, centro de Lisboa, onde um apartamento modesto custa a bagatela de 3 milhões e 400 mil euros, virar duas ruas à esquerda, descer uns 60 metros, você encontrará um restaurante italiano que serve uma pizza margherita excepcional. Terminada a refeição, você vai até a cozinha e cumprimenta o chef: "Parabéns, sua pizza estava ótima".

"De qual cidade?", ele pergunta. Você responde: "São Paulo" e ele sorri e completa: "Vocês, paulistas, sabem reconhecer uma pizza de qualidade". 

"E você, chef, de qual cidade?"

"Vitória, Espírito Santo".

Esse diálogo irá se repetir vezes sem conta, em tudo quanto é estabelecimento comercial: "Maringá", "Recife", "São Paulo", "Santos", "Brasília", "Porto Alegre", "Rio", "Goiânia"...

Você descobre que a garotada, a nossa jovem mão de obra, arregaçou as mangas e está dando duro em Portugal. É bonito de se ver o brilho nos olhos, a vontade de vencer e é triste também. Como disse alguém o portão de embarque internacional virou o trampolim que lança nossos filhos para outros países.

Pode haver um país tão subestimado quanto Portugal, mas mais do que Portugal e os portugueses será difícil encontrar. As ruas são limpas. Alvo de piadas eternas, Portugal, como disse uma moradora local, "é o jardim da Europa".

Os ônibus chegam no horário previsto, com pontualidade inglesa (pelo menos da Inglaterra de antigamente). As estradas, amplas, bem sinalizadas e sem um mísero buraco. Tapetes de asfalto que cortam o país de cima a baixo. 

Estava hospedado em um bairro próximo de uma praia. A 400 metros de casa, havia um ônibus que levava os veranistas para a orla. Transporte público de qualidade. E grátis! Com direito a ar condicionado e música ambiente. Quem pega o ônibus intermunicipal, com destino a Lisboa, descobre que os assentos tem cinto de segurança. O ar condicionado funciona em volume máximo e o coletivo sai, pontualmente, às 10h20. Se você chegar às 10h21, perdeu, playboy.

As cidades e os campos são bem cuidados. Percebe-se que há uma ordem, uma disciplina e organização por trás da zeladoria. Próximo da casa onde estava hospedado, havia uma horta comunitária. O funcionamento é simples: você vai até a prefeitura e diz que quer plantar alimentos. O poder público lhe cede um espaço no terreno e você fica à vontade para enfiar a mão na terra e plantar e colher pés de alface, agrião, rúcula selvagem, batatas, tomates, couve. Só tem um porém: você não pode revender sua colheita. É apenas para uso da família que ganhou aquele espaço. Hortas comunitárias semelhantes espalham-se pelo país. Por volta de 20h, com luz ainda solar, você vê o pessoal dando duro nos canteiros. Molham, arrancam as ervas daninhas, adubam, veem as mudas crescer.

De volta a rua Garret, você descobre a Livraria Bertrand, "a mais antiga do mundo", diz a placa do Livro Guinness dos recordes, "em funcionamento desde 1732". Você compra um livro e ganha um carimbo com a garantia Guinness de longevidade. Em Mafra, a biblioteca do Palácio Nacional é de lhe deixar com o queixo caído. São 30 mil volumes, conservados por três espécies de morcegos que se alimentam diariamente das pragas que comem os livros. Tem as primeiras bíblias e enciclopédias, partituras raras. "É um monumento ao saber", de fato, como diz o folheto promocional.

Em Coimbra, da universidade famosa, outra biblioteca majestosa, decorada com ouro (dizem que era do Brasil), com estantes recheadas de 70 mil volumes, pinturas, obras raríssimas. Você se emociona. Você sente vontade de sentar na mesa mais próxima e começar a ler aquilo tudo. Até o fim da vida.

Pode ser falsa impressão, pode ser coisa de viajante de primeira viagem, mas a imagem que o povo português passa é de acolhimento, educação e carinho ao viajante de outro país. Em Sintra, o dono do restaurante, espaço ocupado naquele momento por 90% de turistas espanhóis, aproxima-se da mesa, com o pano de prato na mão e o avental característico, pergunta para nós: "Portugueses?". "Não, senhor, somos brasileiros". Ele sorri e diz: "Então, somos todos da mesma família".


    

 

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