quinta-feira, 18 de outubro de 2018
Disputa em São Paulo será definida pelo photochart
As pesquisas de intenção de voto indicam empate técnico entre os dois candidatos da situação ao governo de São Paulo. João Doria (PSDB) e Márcio França (PSB) correm "cabeça a cabeça", rumo ao photochart (no turfe, quando dois cavalos chegam praticamente juntos, somente uma prova fotográfica é capaz de deduzir quem venceu a corrida). Parece que vão disputar voto a voto até o dia 28. Quem gosta de filme de suspense tem um prato de pipoca cheio pela frente.
Em São Paulo, capital, Doria come o pão que satã amassou. Sessenta e três por cento dos eleitores afirmam que vão votar em Márcio França e 53% disseram que não votariam em Doria nem que a vaca tussa. A capital não perdoa o fato de Doria ter prometido que ficaria até o final do mandato e, depois de 15 meses, ter se mandado rumo a voos mais altos. A capital quer punir o arrivismo político.
Interessante é que Doria é situação e Márcio França é o governador em pleno exercício do cargo. Ou seja não existe um oposicionista de fato. É claro que Doria tenta colar no candidato ele e atirar a cruz do PT sobre o cangote de Márcio França, mas tudo indica que até agora a iniciativa não foi bem-sucedida.
Quem prefere outro tipo de suspense, longe da briga eleitoral, o filme Thelma, dirigido pelo dinamarquês Joachin Trier, é uma boa opção, disponível pela Netflix.
A história se passa em Oslo (Noruega). Uma garota entra na faculdade. Sai de sua cidadezinha, lá no fim do mundo, e vai para a capital. Os críticos apontam semelhanças entre Thelma e Carrie, a estranha.
Não sei que água os escandinavos tomam, mas, seja o que for, eles se transformaram em mestres na produção de thrillers. Na literatura, autores como Stieg Larsson, Henning Mankell, Jo Nesbo - só para citar três - são expoentes do gênero. Larsson é autor da trilogia Millenium. Mankell, morto recentemente de câncer, foi o criador do célebre inspetor Kurt Wallander, que também ganhou série pela Netflix.
Em Thelma, o público é mergulhado na atração que a garota vinda do interior (Thelma) sente pela colega de turma (Anja). Thelma foi criada por uma família religiosa. Não bebe, não fuma. As pulsões - principalmente, as homossexuais - devem ser reprimidas. Thelma apaixona-se, mas não pode concretizar o desejo. O prazer lhe é vedado pela religiosidade castradora.
Lá no século passado, Freud ensinava que, quando você é reprimido, o desejo se transforma em perversão.
O filme tem cenas tocantes: Thelma deitada ao lado de sua paixão, incapaz de tocar um fio de cabelo da amada; Thelma chorando de desejo... Mas não serei eu o estraga prazeres (o spoiler, para os mais moderninhos). Assista e depois me conte.
Outro thriller digno de nota, também exibido pela Netflix, é Trapped. Uma aldeia na Islândia fica isolada pela neve, enquanto um policial tenta descobrir o autor de um crime (um tronco humano, sem cabeça e membros é encontrado). São dez episódios que você assiste sem cruzar as pernas. Hipnótico. Outra hora falo mais sobre Trapped.
Anúncio: "Perdeu-se uma camisa de força. Recompensa-se bem a quem achar" - Olavo de Carvalho (Richmond, Virgina, Estados Unidos).
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