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Esta imagem é do programa Opera Mundi, que analisou hoje a grande derrota |
Além da alta do custo de vida, o Brasil está em guerra contra o crime organizado. A criminalidade infiltrou-se no tecido social. O “Estadão” publicou, há quatro dias, reportagem sobre a eleição de 12 candidatos, ligados ao crime organizado.
Assistir a um telejornal brasileiro é um exercício de masoquismo. Todo dia, ficamos sabendo que um território do Rio de Janeiro foi ocupado pelo crime. Sobra bala pra tudo quanto é lado. Semana passada, três trabalhadores morreram baleados em plena avenida Brasil.
Acompanhe o vai e vem do bastidor da criminalidade no Rio: traficante ganha peso e importância local; expande seus “negócios” em outra favela; provoca reação; há disputa pelo espaço; milicianos entram na disputa; grupos rivais trocam tiros; a polícia intervém. Nessa guerrilha particular pelo espaço de venda de droga e dominação, moradores locais, policiais e bandidos são baleados, feridos e mortos.
Tentou-se de tudo até agora e o problema não foi resolvido. As UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), criadas em 2008, deram certo no início, mas hoje servem de tiro ao alvo para o crime.
O que fazer para dar mais segurança à população?
Deve-se investir em inteligência, em câmeras de vigilância, em novos e melhores efetivos etc. E parar de enxugar gelo. O Ministério da Justiça e, por tabela, o presidente Lula, precisam tirar um coelho da cartola. Tentar algo diferente. O fato é que as pessoas querem se drogar. Elas irão buscar a droga e pagar caro por isso. Então, por que não iniciar a legalização? O que não é admissível é enriquecer traficante. Enchê-lo de dinheiro, o suficiente para comprar fuzis de longo alcance, metralhadoras, bazucas e o diabo a quatro.
Um certo “Peixão”, apontado pela polícia como o autor dos
disparos aleatórios que mataram três trabalhadores na avenida Brasil, não é o
único aloprado à solta. Há milhares deles. Todo dia, morre um e outro assume a
sua cadeira. Enquanto vivem, constroem resorts, com direito à praia artificial.
Compram armamento que daria inveja ao Hamas. E o governo federal continua em um
estado de torpor que é irritante. A gente nem lembra mais quem é o ministro da
Justiça. É um silêncio que incomoda.
Fala-se em taxar os bilionários, os herdeiros, o muito ricos. Nada sai do papel. Os aposentados veem seu poder aquisitivo perder força, cada vez que se dá uma volta no quarteirão.
Passear por São Paulo hoje é um exercício de negligenciar a empatia. Caminhando pelos baixos do minhocão, ali na Amaral Gurgel, encontra-se uma cidade de moradores de barracas. A miséria é devastadora. Na beira dos rios e córregos, as taperas aguardam a chegada das chuvas mais fortes deste verão para serem inundadas e os moradores, aflitos, dizendo para as câmeras de TV que perderam o pouco que tinham.
Não está na hora de acabar de vez com a miséria? Quantas gerações mais de brasileiros vão conviver com a miserabilidade?
Dois anos se passaram, desde a posse de Lula, e os problemas continuam os mesmos, nos mesmos lugares. Daqui a dois anos virão as eleições para governador e presidente. A esquerda precisa acordar. Outra derrota estrondosa avizinha-se.
Com a palavra, o presidente Lula.
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